quarta-feira, 14 de maio de 2008

ORIENTAÇÕES PARA TEXTO, TRABALHO OU PESQUISA

Orientações básicas para o texto de opinião (Dissertação)
1. Faça o texto à caneta azul ou preta.
2. Escreva legível.
3. Obedeça o limite de linhas proposto pelo professor.
4. Use espaço antes do parágrafo.
5. Escreva de margem à margem e sempre separe a sílaba se a palavra não couber no final da linha.
6. Não use a 1ª pessoa do singular (eu); tampouco use em hipótese alguma expressões como “na minha opinião, concordo, discordo, eu acho” ou outras semelhantes.
7. Obedeça a pontuação, a ortografia e a concordância.

Orientações básicas para apresentação de trabalhos ou pesquisas:


1. Capa



2. Folha de rosto



3. Agradecimento




4. Dedicatória






5. Citação





6. Sumário






7. Introdução







8. Desenvolvimento






9. Conclusão



10. Referências





1. Ordenamento do material:

1.°) capa;
2.°) folha de rosto;
3.°) folha de agradecimentos: se houver;
4.°) folha de SINOPSE (resumo): se houver;
5.°) folha de SUMÁRIO;
6.°) folha de citação ao trabalho como um todo: se houver;
7.°) folha com o início do texto propriamente dito.
8.°) referências bibliográficas.

Obs.: Não se agradece ao Professor que irá corrigir o trabalho.

2. Cada novo parágrafo do texto principal deve ser precedido de espaçamento. Ex.:

A obra de Haroldo de Campos compõe-se de vários livros de poesia, de ensaios críticos e de traduções, feitas apenas por ele ou em regime de colaboração.



3. Faça uma capa com as informações nessa ordem: Nome da escola, Seu nome, Título do trabalho, Local e data.


4. Faça uma folha de rosto com as mesmas informações, porém acrescente mais algumas informações: a disciplina, professor, série. A folha de rosto é a segunda capa ou página do trabalho.

5. A terceira página pode ser uma dedicatória ou um agradecimento. Se vierem os dois, faça um em cada página.

6. O próximo passo é o sumário. Nele devem constar as partes do trabalho como: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão, Referências. Faça a devida numeração das páginas. O Desenvolvimento não precisa ter esse nome necessariamente. Dê um nome que seja condizente com o assunto abordado.

7. Os livros, enciclopédias ou sites da internet não devem ser copiados na sua totalidade. O ideal é você resumir o assunto e reorganiza-lo com suas palavras. Trabalho ou pesquisa não é uma mera cópia de livro ou site da internet. A introdução e a Conclusão podem ter uma página apenas desde que não sejam cópias de textos que você usou. Seja original. Leia, faça resumos sobre o assunto, cite exemplos, dê a sua participação no assunto abordado.

8. Faça as REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS corretamente:
SOBRENOME, nome do autor. Título em itálico: subtítulo normal (se houver) após dois pontos. Número da edição (da segunda em diante: 2. ed.). Indicação de tradutor, se houver: Trad. (ou Tradução). Cidade: editora, ano da edição, indicação de páginas se apenas um capítulo da obra for utilizada.
Exemplos:

CAMPOS, Haroldo de. A arte no horizonte do provável. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1975.

9. Uma última observação: deixe de dar títulos simplórios aos trabalhos e pesquisas como “Trabalho de...” ou “Pesquisa de...”. Crie um título mais original, pois isso também conta ponto. Se o trabalho/pesquisa é sobre a Semana de Arte Moderna, é mais criativo dar título como “A ruptura com a Arte Clássica” ou Semana de Transformações da Arte”. Todavia não vale copiar minhas sugestões. Crie o seu título. O que se espera é que seu trabalho/pesquisa seja cada vez mais bem feito. Não repita sempre os mesmos erros cometidos em trabalhos anteriores. Siga as orientações do professor. Bom trabalho.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Queridos Alunos,

O modelo de carta abaixo é dos mais simples. Se vocês clicarem na figura acima do texto (a carta em si), poderão reformular aquela carta sem um mínimo de característica de carta que me entregaram na última aula. Refaçam a carta mal feita que vocês me entregaram porque não vi uma das que vocês fizeram que merecesse uma nota média. Desculpem-me a sinceridade ácida, porém não vi vocês colocarem em prática o que lhes ensinei. Grande abraço desse professor que quer o melhor para vocês!

David Bellmond

CARTA À SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO




Vitória, 01 de novembro de 2007.


À Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo,



Prezado Senhor Secretário de Educação Haroldo Correa,

Eu, David Bellmond, professor do ensino médio na da rede pública de ensino do Estado do Espírito Santo, venho expressar minha indignação com alguns “avanços” anunciados pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Espírito Santo. Os meios de comunicação e a direção da escola onde leciono têm anunciado que todas as escolas da Grande Vitória receberão televisão digital nas próximas semanas. Se o objetivo dessa empreitada é melhorar a qualidade de educação dos nossos estudantes por que não investir primeiro em material mais simples para a sala de aula? Não sei se é do conhecimento do Senhor, mas meus alunos do ensino médio não possuem sequer livro didático para acompanhar as aulas. O livro deixou de ser uma das ferramentas mais importantes para a evolução do aprendizado do aluno? Nós, professores, temos uma grade curricular a seguir na intenção de tornar o aluno da rede pública tão competitivo quanto aquele da escola particular, porém como poderemos cumprir nosso nobre objetivo se o material mais rudimentar necessário à sala de aula nos falta ou existe em situação precária?
Faltam-nos livro didático, quadros decentes para registrarmos conteúdo uma vez que não temos o precioso livro didático ou paradidático. Biblioteca então é coisa de sonho. Não temos sequer marcador de quadro para escrevermos qualquer coisa referente ao assunto abordado em aula. Professor que se interessa com o aprendizado do seu aluno precisa comprar seu próprio material a ser usado em aula. Se a intenção dessa Secretaria é realmente investir na melhoria do ensino público, como tem sido pregado na mídia e nas reuniões de professores, o mais óbvio a se fazer é prover alunos e professores com suas ferramentas mais simples. Depois que a grande soma destinada à educação puder consertar essa falha tão peculiar às escolas públicas e, não poderia me esquecer disso, continuar valorizando o professorado financeiramente a fim de que tenhamos educadores satisfeitos com sua labuta, poderemos então pensar no grande investimento destinado à tecnologia de primeiro mundo que se intenta implantar nas nossas escolas.
Confio, sobretudo, na ação dos educadores, no envolvimento da sociedade e na capacidade de discernimento do Senhor Secretário realmente mudarmos o quadro negativo de resultados apresentados por nossos alunos nas avaliações como Prova Brasil, ENEM ou PISA.

Atenciosamente,

___________________________________


David Bellmond




P.S:

"A gente não quer só comida.
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só saída.
A gente quer saída para qualquer parte."


(Arnaldo Antunes)

13 DE MAIO

13 DE MAIO – QUE PALHAÇADA!


Abolição da escravatura. Completaram-se 120 anos. Pouco? Realmente. Muito pouco para um povo que viveu debaixo da escuridão, não a escuridão da pele, mas a escuridão da noite, a escuridão do dia, a escuridão da igreja, a escuridão do poder, a escuridão do branco incapaz de raciocinar. A escuridão de um escravagismo que obrigou meus bisavós a trabalharem de graça por mais de 300 anos.
13 de maio. Não. Não temos nada a comemorar. A Lei Áurea assinada pela digna Princesa Isabel foi uma palhaçada. Deram liberdade, mas não deram emprego, casa, condições de vida mínima que fosse. Ainda hoje vivemos debaixo do estigma da escravidão e somos olhados por não poucos que enxergam a escravidão extinta mais que nós. Ainda existem pessoas que conseguem ver na cor da minha pele o emblema dos negros africanos trazidos da África à força. Tristemente ainda há quem me trate como se tratasse um escravo da época. Os escravos da época eram considerados inferiores. A igreja Católica os considerava sem alma, por isso não podiam se converter ao cristianismo. Por isso que negro que se preze não deveria ser católico.
Vergonha da minha raça? Que nada. Eu me orgulho, e muito, dos meus ancestrais porque eles mostraram a força física da sobrevivência e a coragem de lutar. Devemos muito aos abolicionistas que lutaram contra a opressão. Devemos agradecer a escritores que, como Castro Alves, não se fingiram de cegos diante de tamanha covardia. Acredita que existem pessoas que me tratam indiferente? Como se ainda fosse superiores a mim devido à cor da pele.
Pobres coitados! Desconhecem que a Constituição me concedeu direitos iguais aos brancos estúpidos que não estudaram História e nem leram a Bíblia. Mais triste ainda é ver policiais negros tratando negro como os bisavós deles eram tratados nas senzalas. Capitães do mato. Sim! Os policiais negros que oprimem negros por serem negros são capitães do mato a mando de uma falsa democracia que ainda não dá oportunidades iguais, mesmo contrariando a Lei Máxima desse país construído pelo braço forte do negro.
Grande abraço aos meus irmãos negros e brancos que conseguiram se libertar da visão opressora da época da Casa Grande. Façamos silêncio em nome daqueles que abraçaram e abraçam essa causa: Racismo é coisa de branco ignorante e negro desinformado que se considera “preto”. Preto é o solado do meu sapato. Preto é o cabo do revólver do soldado incauto que desconhece minha luta. Preto é o futuro de quem ainda não conseguiu se olhar no espelho e ver a face do nosso Brasil. Eu sou é negro.


“Preto é quem leva uma pedrada e não a devolve. Se você tem coragem de devolver a pedrada, então você é negro.”
(Paul Sartre)
(BELLMOND, David. Elogio à perversidade. Vitória, Editora do autor, 2009.)

MORTE DO ROMANTISMO

A Morte do Romantismo

Vou matar meu romantismo exacerbado
Não vou construir um coração de pedra
Mas um coração de vidro onde possa receber a luz da razão
E da razão farei a deusa idolatrada no meu pedestal de sangue
De um sangue frio e impulsivo que corre nas veias do acaso

Vou matar meu desejo mais latente
E edificarei um redoma contra os ímpetos e as paixões
Mas edificarei um amor mais vivo e universal
O amor do homem pela razão e dela farei minha enamorada perante o meu juízo

Vou matar meu cansaço de busca de um sonho
E dele farei um mito de minhas fraquezas humanas
E edificarei uma teoria e explicarei a luz da razão
O golpe sobre o fraco, o iludido, o eu de ontem.

Vou abolir a dor, a desilusão e a angústia do mal do homem
E decretar a morte do meu romantismo exacerbado
E proclamando no meu coração de vidro
O império da minha razão sobre meu espírito.

(Marcelo – Professor de Literatura)