
Rainha Ghótica
(À mais linda ghótica que conheço)
És uma esfinge do Egito
Meu coração quer lhe decifrar.
És um enigma infinito.
Leio seus olhos – negro luar.
Lábios rosas, cílios sombrios
Yesterday, tomorrow, estio!
Entre sombras e catedrais,
Meia-noite você desperta.
Esses seus olhos são cristais,
Linda vampy, meu sangue lhe espera.
Leve-me pelos temporais.
Yin e yang, outono e primavera.
Raios de luz na brisa fria,
Entre as sombras da madrugada.
Bela Emelly, musa encantada,
Onde guardas minha poesia,
Rainha ghótica, rainha minha,
No seu peito ou na boca pintada?
(GIACOMO, Juan. As minhas faces secretas. Vitória, Editora do autor: 2007.)
P.S.: Novo poema de Juan Giacomo. Nada mais que um exercício de endeusamento à sua musa ghótica que achei proveitoso publicar uma vez que o estilo de poesia praticado por Giacomo é o de louvor à beleza feminina. Nota-se, no entanto, que o trovador exercita aqui a sua dedicatória em forma de acróstico (poema em que os versos completam um nome surge na vertical), que não faz bem meu gênero de escrita. Todavia, valeu a intenção do poeta.

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