sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Poesia engajada (2)


CENHO

(À minha mãe)

Minha luta é cabal
Luto contra tudo
Luto contra o mundo
Por gostar do ideal.

Meu improviso é insensato
Como mostra o meu cenho
E as rajadas de veneno
Provenientes do cansaço.

Seu eu estiver a sair
Diga-me que é tarde
Na real ou por vontade
E ponha-me para dormir.

Quando eu estiver a sonhar
Cante-me uma música
Conte-me suas dúvidas
Pois deitei para não acordar.



(ANDRADE, Renan de. Cenho. Vitória: Editora do autor, 2008.)

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